quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Abelha Chocolateira

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Era uma vez uma abelha que não sabia fazer mel.- Mas você é uma operária! - gritava a rainha - Tem que aprender.Na colméia havia umas 50 mil abelhas e Anita era a única com esse problema. Ela se
esforçava muito, muito mesmo. Mas nada de mel...
Todos os dias, bem cedinho, saía atrás das flores de laranjeira, que ficavam nas árvores espalhadas pelo pomar. Com sua língua comprida, ela lambia as flores e levava seu néctar na boca. O corpinho miúdo ficava cheio de pólen, que ela carregava e largava, de flor em flor, de árvore em árvore.
Anita fazia tudo direitinho. Chegava à colméia carregada de néctar para produzir o mais gostoso e esperado mel e nada! Mas um dia ela chegou em casa e de sua língua saiu algo muito escuro.
- Que mel mais espesso e marrom... - gritaram suas colegas operárias.
- Iac, que nojo! - esbravejaram os zangões.
Todo mundo sabe que os zangões se zangam à toa, mas aquela história estava ficando feia demais. Em vez de mel, Anita estava produzindo algo doce, mas muito estranho. - Ela deve ser expulsa da colméia! - gritavam os zangões.
- É horrorosa, um desgosto para a raça! - diziam outros ainda.
Todas as abelhas começaram a zumbir e a zombar da pobre Anita. A única que ficou ao lado dela foi Beatriz, uma abelha mais velha e sábia.
Um belo dia, um menino viu aquele mel escuro e grosso sobre as plantas próximas da colméia, que Anita tinha rejeitado de vergonha. Passou o dedo, experimentou e,surpreso, disse:
- Que delícia. Esse é o mais saboroso chocolate que eu já provei na vida!
- Chocolate? Alguém disse chocolate? - indagou a rainha, que sabia que o chocolate vinha de uma fruta, o cacau, e não de uma abelha.
Era mesmo um tipo de chocolate diferente, original, animal, feito pela abelha Anita,ora essa, por que não...
Nesse momento, Anita, que ouvia tudo, esboçou um tímido sorriso. Beatriz, que também estava ali, deu-lhe uma piscadela, indicando que tinha tido uma idéia brilhante. No dia seguinte, lá se foram Anita e Beatriz iniciar uma parceria incrível: fundaram uma fábrica de pão de mel, juntando o talento das duas para produzir uma deliciosa
combinação de mel com chocolate. Moral da história: as diferenças e riquezas pessoais, que existem em cada um de nós,
são singulares e devem ser respeitadas.
Fábula de Katia Canton*, ilustrada por ionit
*com idéia de João Roberto Monteiro da Silva, 7 anos
Leitura
Fábula: no final há sempre a moral da
história
Com diálogos curtos e texto econômico, a fábula é uma história de ficção, escrita em verso ou em prosa. Uma de suas principais características é ter como personagens animais e plantas e objetos animados, que ganham características humanas. Essa forma alegórica de contar uma história apresenta as virtudes e os defeitos do mundo dos homens e leva a interpretações sociais para ilustrar um ensinamento ou uma regra
de conduta. É por isso que toda fábula tem, no desfecho, uma moral.
Essa narrativa de natureza simbólica tem origem remota e incerta, pois se mescla à necessidade do homem de criar e de contar histórias para transcender as atividades
cotidianas e recriar o mundo. Algumas fontes indicam que a fábula começou a ser contada na Suméria, no século 8 a.C. Mas foi na Grécia Antiga, em meados do século 5 a.C., pelas mãos do escravo Esopo, que ela ganhou a fórmula atual: sintética, alegórica, tendo animais demonstrando sentimentos e uma pitada de humor. Esopo sempre terminava as fábulas explicando a moral e, assim, ensinava valores. Graças ao
francês Jean de la Fontaine (1621-1692), a fábula introduziu-se definitivamente na literatura ocidental, dessa vez de forma menos sintética e mais contextualizada. Ontem e hoje, com nuanças e autorias diferentes, as histórias se repetem.
A principal proposta do gênero é a fusão de dois elementos, o lúdico e o pedagógico. A
leitura de A abelha chocolateira, da escritora Katia Canton, vai ajudar seus alunos a
entendê-lo melhor. O texto pode ser explorado com turmas de 2a série de acordo com
o plano de aula elaborado pela pedagoga Wânia Menezes Picchi, professora da Escola
Viva, em São Paulo.
O que cada animal faz, na natureza e na ficção
Antes de apresentar a fábula à turma, provoque uma discussão sobre o
comportamento dos animais em seu ambiente. Divida os estudantes em grupos e
questione-os sobre as funções que cada bicho exerce no seu grupo. O que se espera
da formiga? Que ela transporte folhas, cascas e outros materiais para construir o
formigueiro. E da leoa? Que ela saia para caçar e traga alimentos para os machos e os
filhotes. Na colméia, a função da abelha operária é colher o néctar para fazer mel.
Registre no quadro-negro ou em um papel grande as hipóteses que a garotada
levanta.
Distribua o texto A abelha chocolateira para as crianças e peça para acompanharem a
leitura que você faz em voz alta. Ainda em grupos, elas vão marcar no texto palavras
ou trechos que indicam ações humanas atribuídas às abelhas - "gritava", "tem que
aprender", "fazia tudo direitinho", "esbravejaram", "indagou", "fundaram uma fábrica
de pão de mel" etc. - assim como características - "é horrorosa", "um desgosto para a
raça", "rejeitado de vergonha" etc.
Hora de retomar a primeira discussão sobre as funções de cada animal na natureza e
comparar o registro que está na lousa ou no papel com os trechos grifados no texto.
Provoque um diálogo sobre as conclusões do grupo e vá registrando as idéias: o que
vocês perceberam quando compararam as atitudes do animal em seu hábitat natural e
na história? Na natureza, a abelha age de um jeito e no texto ela se comporta mais
como as pessoas. Vá conduzindo a discussão de forma que os alunos percebam os
elementos estruturais da fábula. Peça para copiarem as conclusões no caderno.
O próximo passo é fazer a leitura de fábulas de autores diversos para os estudantes
perceberem sua estrutura. A repetição facilita a assimilação e a generalização das
características do gênero, permitindo que eles compreendam que aqui é a estrutura
que prevalece e não a autoria, como num romance.
Esses textos podem ser dramatizados. Divida a turma em quatro grupos e entregue a
cada um uma fábula diferente. Após a leitura, cada grupo vai bolar um roteiro e definir
quem será cada personagem. Como lição de casa, peça para treinarem suas falas - um
aluno deve ser o narrador. Reserve uma aula para um ensaio geral outra para a
apresentação dos grupos.
A importância de respeitar as diferenças
Retome o texto A abelha chocolateira para refletir sobre a moral da história. Em dupla,
os alunos devem discutir com o colega e escrever qual a função da abelha operária
dentro da colméia. Depois, individualmente, eles vão responder o que a autora quis
dizer com a frase "Anita fazia tudo direitinho". Como as outras abelhas operárias
reagiram ao comportamento de Anita? No final da fábula, Anita esboçou um tímido
sorriso. Pergunte: como ela estava se sentindo ao produzir um mel diferente? Alguma
vez você já esboçou um tímido sorriso por algum sentimento? Conte em detalhes como
foi.
A idéia é ver se o aluno se identifica com a moral da história. Lembre que a moral deve
ser trabalhada como conseqüência da situação que a fábula apresenta e nunca
isoladamente. Por fim, sugira que as crianças produzam uma narrativa em que
apareçam personagens com características bem distintas. O objetivo é incentivá-las a
trabalhar com as diferenças e as riquezas que existem em cada pessoa, a base da
moral da fábula de Katia Canton.
Bibliografia
Era Uma Vez Andersen, Katia Canton, 66 págs., Ed. DCL,
tel. (11) 3932-5222,
Fábulas, Monteiro Lobato, 60 págs., Ed. Brasiliense, tel. (11) 6198-1488,
Fábulas de Esopo, Russell Ash e Bernard Higton, 96 págs., Ed. Cia. das
Letrinhas, tel. 0800-142829,
Fábulas de La Fontaine, Jean de La Fontaine, 400 págs., Ed. Itatiaia, tel.
(31) 3212-4600,
Fábulas Italianas, Ítalo Calvino, 456 págs., Ed. Companhia das Letras, tel.
0800-142829.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O Cisne Negro - O Filme

Fotos retiradas do Google

Beth MacIntyre (Winona Ryder), a primeira bailarina de uma companhia, está prestes a se aposentar. O posto fica com Nina (Natalie Portman), mas ela possui sérios problemas interiores, especialmente com sua mãe (Barbara Hershey). Pressionada por Thomas Leroy (Vincent Cassel), um exigente diretor artístico, ela passa a enxergar uma concorrência desleal vindo de suas colegas, em especial Lilly (Mila Kunis).

Um dos filmes mais densos que já vi - impressionante. As vezes aterrorizante.Ótimo filme.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

IT e Pêras ao Vinho

Duas mulheres, em um espaço/tempo indeterminado, falam ao público sobre suas visões de mundo, anseios e experiências. Os limites da comunicação, a solidão, a revolta contra a morte, a palavra poética e a tentativa de apreensão do tempo são os temas que permeiam essas falas, carregadas de um humor histérico. Inspirado em “Água Viva”, de Clarice Lispector, e em obras de outros autores.
Meus queridos fiz uma seleção de alguns textos que nortearam a peça, Bjs, Nice.


Imagem retirada do Gloogle

“Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre”


“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.”

“Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.”

“É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que
tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo.”

“Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação.”
“O que eu sinto eu não ajo.
O que ajo não penso.
O que penso não sinto.
Do que sei sou ignorante.
Do que sinto não ignoro.
Não me entendo e ajo como se entendesse.”

“Sou como você me vê,
posso ser leve como uma brisa,
ou forte como uma ventania,
depende de quando,
e como você me vê passar.”

A poesia me deixou com fome.



Pêras ao Vinho Tinto

Ingredientes:

- 4 pêras firmes
- Suco de 1 limão
- 2 xícaras (chá) de açúcar
- 2 xícaras (chá) de vinho tinto - de preferência, seco
- 1/2 xícara (chá) de vinho do Porto
- 1/2 xícara (chá) de xarope de groselha
- Raminhos de hortelã para decoração

Modo de Preparo:

Descasque as pêras inteiras e coloque de molho em água com limão
para que não escureçam. Reserve. Numa panela, misture o açúcar, o
vinho tinto, o vinho do Porto e a groselha, deixando ferver por 5
minutos.

Acrescente as pêras e cozinhe por 30 minutos, até ficarem macias.
Retire as pêras delicadamente com uma escumadeira e reserve. Leve
a calda de volta ao fogo e cozinhe por mais 15 minutos ou até
engrossar um pouco.

Coloque as pêras em pratos individuais, regue com a calda e
enfeite com raminhos de hortelã. Podem ser servidas quentes ou
frias. Se quiser, sirva fria com chantilly ou sorvete de creme.

Seria uma boa Pedida.

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